quarta-feira, 20 de agosto de 2008

sobre o Livro colectivo "22 Olhares sobre 12 Palavras"

"(...) eu vim de longe,/ de muito longe,/ o q'eu andei/pr'aqui chegar...." *

Décadas têm passado e eu sempre a correr com elas, a acompanhar a passada que tem sido larga.
Para o bem e para o mal, a geração a que pertenço é a das grande mudanças do século XX.
Sem contar as que hão-de ocorrer neste - por exemplo paz mundial; a Terra-mãe -, Gaia/Geia - respeitada como herança -legado que nossos tetranetos nos deixaram...para que dela bem cuidemos pois um dia virão cobrar-nos o cuidado ou falta dele...

Nos idos do "fascismo à portuguesa" - o tal que nunca existiu - diziam que a dificuldade de
expressão estimulava os criadores.
Sem pretender incluir-me nesse renque de tão ilustres figuras, pois tenho boa e lúcida capacidade objectiva e auto-avaliação crítica - ocorreu-me d analogia: vivemos tempos difíceis e nós que amamos as letras escrevemos, escrevemos.
Como se faltasse o pão para as bocas .... como se os sonhos se esboroassem se os não agarrarmos.... como se a avalanche não pudesse ser detida se um dique de palavras não for construído por todos os que as amam - os grandes artistas da palavra e nós outros. meros amantes delas.

O nosso livro, "22 Olhares sobre 12 Palavras" é prestigiado por alguém que muito prezo, respeito e admiro. Homem de cultura, prosador de múltiplas facetas onde, não raras vezes, emerge uma sólida preocupação de justiça social e nato comunicador: José António Barreiros que generosa e solidariamente aceitou fazer o prefácio desta aventurosa escrita de 22 bloggers. Não deixem de visitar os seus blogues pois sairão de lá sempre enriquecidos em todos os aspectos, sendo o dominante o Humano.

E tudo o que disse acima se aplica ao amigo Jorge Castro

homem de intervenção cívica diária, poeta, e homem de cultura e solidariedade activa que, mal regressado de ferias, apesar de estar, como José António Barreiros, atascado em trabalho também disse: CONTEM COMIGO.
Temos pois, por pura generosidade e solidariedade, connosco os dois homens que desde a 1ª hora queríamos.

E como não há dois sem três, também por generosidade e solidariedade - daquela genuína - que nada pede nem espera, como dos dois antecedentes companheiros, já temos local belo, digno e paradigmático para a apresentação dos nossos 22 Olhares bem no coração da Cidade do Porto.

O Salão de Baile do Palácio Balsemão, na Praça Carlos Alberto, espaço de grande beleza e com estacionamento fácil nos parques subterrâneos.

A apresentação será em Novembro.
Uma em Lisboa e outra no Porto - datas e local (Lxª) a informar.
Mas...
agendem-nos desde já para o final das duas 1ª semanas de Novembro.

a vossa presença é-nos imprescindível. como o pão.
* excerto de uma canção de José Mário Branco

4 comentários:

M. disse...

Fui eu que percebi mal ou em vez de "tetranetos" querias falar em "tetra-avôs" e foi um lapso?

Conceição Paulino disse...

ESCLARECIMENTO:
a respeito da questão levantada pela M.
Não é lapso. É uma forma de dizer que a terra nos não pertence mas aos nosos vindouros e aos vindouros deles e se tal tivermos bem presente a trataremos como ela merece por tanto que nos dá.
Bjs Luz e paz em nosso caminhar

Eli disse...

Ena!

:))

Bichodeconta disse...

Estou deliciada com a descoberta..Vou voltar para comentar com mais tempo este encontro que até me emocionou..beijinho, ell