domingo, 29 de junho de 2008
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Há laços que nos unem...
SONETO DE FIDELIDADE
-
De tudo, ao meu Amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
-
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei-de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
-
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
-
Eu possa me dizer do Amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
-
Vinicius de Moraes,
Estoril, Outubro 1939
-
In " Os Laços que nos unem " de Gustavo Santos
Edição Caderno
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Música!!!
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Doce...que é teimoso.
terça-feira, 24 de junho de 2008
A razão...
Oito da noite numa avenida movimentada.
O casal já está atrasado para jantar em casa de uns amigos.
A morada é nova, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair.
Ele conduz o carro.
Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda.
Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.
Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.
Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.
Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado,enquanto faz o retorno.
Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.
Mas ele ainda quer saber: - Se tinhas tanta certeza de que eu estava a ir pelo caminho errado,devias ter insistido um pouco mais...
E ela diz:- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira deuma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite! "
MORAL DA HISTÓRIA
Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho.Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente de tê-la ou não.
Desde que ouvi essa história, tenho-me perguntado com mais frequência: "Quero ser feliz ou ter razão?"
Outro pensamento parecido diz o seguinte:
"Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam."
O casal já está atrasado para jantar em casa de uns amigos.
A morada é nova, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair.
Ele conduz o carro.
Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda.
Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.
Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.
Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.
Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado,enquanto faz o retorno.
Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.
Mas ele ainda quer saber: - Se tinhas tanta certeza de que eu estava a ir pelo caminho errado,devias ter insistido um pouco mais...
E ela diz:- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira deuma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite! "
MORAL DA HISTÓRIA
Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho.Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente de tê-la ou não.
Desde que ouvi essa história, tenho-me perguntado com mais frequência: "Quero ser feliz ou ter razão?"
Outro pensamento parecido diz o seguinte:
"Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam."
segunda-feira, 23 de junho de 2008
nas margens do Guadiana
por estas margens meus passos de infância e adolescência ecoam e meus olhos se enchem da luz e beleza que de lá sempre me chega e alimenta.
com meu pai colhia espargos bravos e procurava túberas. apanhava braçadas de flores selvagens lírios roxos e tantas outras, de uma beleza que só vendo, que no início da Primavera cobriam as colinas. depois, enquanto meus pais descansavam conversando numa sombra, aventurava-me em busca do tesouro arqueológico que, sei, ainda me espera e vivia aventuras imaginárias que ali ganhavam dimensão e realidade.
com meu pai colhia espargos bravos e procurava túberas. apanhava braçadas de flores selvagens lírios roxos e tantas outras, de uma beleza que só vendo, que no início da Primavera cobriam as colinas. depois, enquanto meus pais descansavam conversando numa sombra, aventurava-me em busca do tesouro arqueológico que, sei, ainda me espera e vivia aventuras imaginárias que ali ganhavam dimensão e realidade.
os passos ficaram lá e a busca continua e meus olhos sempre se espantam e abrem a admirar tanta beleza.
domingo, 22 de junho de 2008
quinta-feira, 19 de junho de 2008
...
"Temos de reaprender o que é gozar. Estamos tão desorientados que acreditamos que gozar é ir às compras.
Um luxo verdadeiro é um encontro humano, um momento de silêncio perante a criação, o gozo de uma obra de arte ou de um trabalho bem feito. Gozos verdadeiros são aqueles que embargam a alma de gratidão e nos predispõem ao amor."
Ernesto Sabato, "Resistir"
Um luxo verdadeiro é um encontro humano, um momento de silêncio perante a criação, o gozo de uma obra de arte ou de um trabalho bem feito. Gozos verdadeiros são aqueles que embargam a alma de gratidão e nos predispõem ao amor."
Ernesto Sabato, "Resistir"
quarta-feira, 18 de junho de 2008
terça-feira, 17 de junho de 2008
Rui Pedro desapareceu há 10 anos - help us
foto do Rui Pedro à data do desaparecimento.
à direita foto do Rui Pedro feita por programa
informático.
AIDEZ. HELP.
AIDEZ. HELP.
Rui Pedro deasapeared ten years ago.
At the left the photo as it was and at right side how it should be now.
Contact is family.
At the left the photo as it was and at right side how it should be now.
Contact is family.
Help us. Children are our responsability. Of all os us.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Aniversário
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco,
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui, ai meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o eco...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
E terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos, O aparador com muitas coisas - doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado-,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
N0 tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
Álvaro de Campos, 15 de Outubro de 1829
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco,
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui, ai meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o eco...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
E terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos, O aparador com muitas coisas - doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado-,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
N0 tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
Álvaro de Campos, 15 de Outubro de 1829
domingo, 15 de junho de 2008
sábado, 14 de junho de 2008
...
"(...) Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?"
Fernando Pessoa, excerto de "Tabacaria"
Fernando Pessoa, excerto de "Tabacaria"
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Sexta-Feira dia 13
Sexta-feira dia 13
dia chuvoso, indeciso,
Adão pensa, Eva sorri...
EXPULSOS do PARAÍSO!!!
E agora- pergunta Adão,
que fazer de esperanças vãs?
Agora? -responde Eva,
negociar em maçãs!!!!
P.S.
Desconheço o/a autor/a destas quadras que decorei há imensos anos!
Saberá alguém quem as escreveu?
Sexta-feira, 13
Não há azar. Mas temos estas notícias nos jornais de hoje...
----
Pescas - Armador do bacalhau avança com despedimentos.
Autoeuropa pára hoje toda a linha de produção.
Mais correios com droga.
Homem esfaqueado pelo irmão.
Tentou violar menina de 12 anos.
África corre maiores riscos do aquecimento global.
Portuguesas trabalham mais que média europeia.
e
Scolari assina pelo Chelsea.
-----
PS. Fernando Pessoa nasceu há 120 anos
(e é quase tão conhecido como C. Ronaldo...)
quinta-feira, 12 de junho de 2008
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Para reflectir...
" Se achar que é um derrotado, será mesmo. Se achar que nunca se atreve, nunca se atreverá. Se gostaria de ganhar mas pensa que não vai conseguir, provavelmente não conseguirá. As batalhas a travar na vida nem sempre vão para o homem mais forte ou mais veloz mas, mais tarde ou mais cedo, a vitória vai para aquele que acredita que vai vencer".
O espírito de Calebe é o espírito do "eu consigo"!
Será que temos esse espírito???
O espírito de Calebe é o espírito do "eu consigo"!
Será que temos esse espírito???
terça-feira, 10 de junho de 2008
Zoo
E ficam desde já todos convidados para ir lá beber um copo.
Aberto até que a ASAE deixe.
Mas não me peçam para fazer macaquices.
Simão
segunda-feira, 9 de junho de 2008
domingo, 8 de junho de 2008
Mar Sonoro
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim,
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intímamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho,
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
Sophia de Mello Breyner Andresen
(... porque hoje é o Dia Mundial dos Oceanos)
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intímamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho,
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
Sophia de Mello Breyner Andresen
(... porque hoje é o Dia Mundial dos Oceanos)
sábado, 7 de junho de 2008
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Pontos de vista(s)
Subscrever:
Mensagens (Atom)